GRUPOS ESPECIAIS
Foi-se o tempo em que a mulher grávida precisava ficar quase em repouso. Hoje, a medicina já comprovou que se manter ativa é saudável, faz bem para o feto e ajuda o corpo da mãe a voltar à forma mais rapidamente depois da gestação. O exercício não precisa ser restringido. O importante é avaliar qual atividade e a intensidade do exercício que combina com cada momento da gravidez.
De uma forma geral, sabe-se que praticar exercícios na gestação é recomendado na total ausência de qualquer anormalidade, mediante avaliação médica especializada.
Durante uma gestação normal, quem já praticava exercícios pode continuar a fazê-lo, adequando a prescrição à gestação. No entanto, moderação, informação e modificações apropriadas nos exercícios são os fatores mais importantes nesta fase de transformações e para isso é indispensável o acompanhamento de um profissional de Educação Física capacitado que irá avaliar a aptidão da gestante em todas as fases da gravidez, uma vez que há particularidades em cada uma delas que deverão ser observadas.
De acordo com o Professor Bernardo Berro, ao trabalhar com atividade física na gestante, os mesmos proporcionarão a elas uma atividade física agradável e segura, respeitando a individualidade e, principalmente, obedecendo regras básicas de bom senso. Precisa-se ter conhecimento do processo que acontece durante a gestação e que provoca profundas alterações metabólicas e hormonais, modificando respostas às atividades físicas.
Por volta da 10ª semana gestacional ocorre um aumento do fluxo cardíaco, e especialmente a partir do sexto mês de gravidez, ocorre um aumento da freqüência cardíaca, em torno de 10 a 15 batimentos por minuto.
A modificação corporal básica que ocorre na gravidez é o aumento uterino. Até, por volta da 10ª semana, o útero ainda está restrito à cavidade pélvica, mas a partir daí, seu aumento se evidencia sobre a parede abdominal. Durante a gravidez ocorre a expansão torácica, pelo relaxamento dos ligamentos intercostais e ascensão do diafragma pelo crescimento uterino, que resulta no aumento da capacidade inspiratória, no decorrer da gravidez, em até cerca de 300 ml.
Também ocorre modificação em relação a postura. Nos últimos meses de gravidez, as mulheres tendem a projetar os ombros para frente, arqueando mais que o normal a curva das costas, para encontrar um equilíbrio postural. Podem aparecer, assim, dores nas costas, pelo excessivo esforço dos músculos daquela região, sendo, portanto, um fator negativo ficar por longo tempo em pé em posição fixa, ou carregar pesos.
Portanto, é preciso fazer algumas adaptações para que a gestante não sofra complicações provocadas pelo esforço. Acontece que, para facilitar a passagem do feto na hora do parto, o organismo produz uma dose alta de relaxina, um hormônio que alarga as articulações, aumenta a flexibilidade e dá mais mobilidade à bacia. A questão é que o corpo inteiro – todos os ligamentos de todas as articulações – também se afrouxa. Aí mora o perigo. Tornozelos, joelhos, ombros e coluna ficam muito suscetíveis a lesões. O equilíbrio também fica prejudicado, já que o centro de gravidade muda.
As lesões ortopédicas, que ocorrem freqüentemente durante a gravidez podem ser devido ao relaxamento dos ligamentos, como também as modificações no equilíbrio da mulher. Desse modo, a hiperlordose lombar aumenta particularmente o risco de hérnia de disco.
Há muito tempo o fortalecimento dos músculos abdominais tem sido recomendado para a manutenção da postura, para ajudar na fase de expulsão do parto e para retornar ao aspecto da parte inferior do tronco antes da gravidez. Devido à grande quantidade de movimentos que requerem os cuidados com a criança, o aumento de força dos membros superiores pode ser muito útil.
Outro ponto importante é que a prática regular de atividade física durante a gestação parece atuar no controle do ganho de peso nesse período e no pós-parto, especialmente quando o suprimento de nutrientes está adequado.
É importante lembrar que toda gestante só deverá se exercitar após prévia autorização médica. Quando indicada, a prática de atividade física regular, moderada, controlada e orientada pode produzir efeitos benéficos sobre a saúde da gestante e do feto.
Para nossos profissionais de educação física, os exercícios para gestante devem incluir a combinação de atividades aeróbias envolvendo grandes grupamentos musculares e atividades que desenvolvam força de determinados músculos. Normalmente, acredita-se que uma musculatura abdominal forte possa ajudar no processo de "expulsão" da criança. A força muscular dos membros superiores é também muito importante para carregar o bebê, que aumenta, cada vez mais, o seu peso.
Nas prescrições iniciais de exercício aeróbio incluímos, no mínimo, três sessões semanais, com dias intercalados de exercício, cada uma com duração de 30 a 50 minutos. A intensidade de exercícios manterão uma média estável da freqüência cardíaca numa faixa de 130 a 150 batimentos por minuto. A freqüência mínima é de três vezes na semana e programados em diferentes atividades, duração e intensidade.
E não se preocupe! No seu programa de exercícios não existirão atividades com chances de queda!
Atividade física na terceira idade
Atualmente, está comprovado que quanto mais ativa é uma pessoa menos limitações físicas ela tem.
Entre os inúmeros benefícios que a prática de exercícios físicos promove, um dos principais é a proteção da capacidade funcional em todas as idades, principalmente nos idosos. Por capacidade funcional entende-se o desempenho para a realização das atividades do cotidiano ou atividades da vida diária.
As atividades da vida diária podem ser classificadas por vários índices. As atividades da vida diária são referidas como: tomar banho,vestir-se, levantar-se e sentar-se, caminhar a uma pequena distância; ou seja, atividades de cuidados pessoais básicos e as atividades instrumentais da vida diária como: cozinhar, limpar a casa, fazer compras; ou seja atividades mais complexas da vida cotidiana.
Um estilo de vida fisicamente inativo pode ser causa primária da incapacidade para realizar atividades da vida diária, porém de acordo com estudos, um programa de exercícios físicos regulares pode promover mais mudanças qualitativas do que quantitativas, como por exemplo, alteração na forma de realização do movimento, aumento na velocidade de execução da tarefa e adoção de medidas de segurança para realizar a tarefa.
Além de beneficiar a capacidade funcional, o exercício físico promove melhora na aptidão física.
No idoso os componentes da aptidão física sofrem um declínio que pode comprometer sua saúde. A aptidão física relacionada à saúde pode ser definida como a capacidade de realizar as atividades do cotidiano com vigor e energia e demonstrar menor risco de desenvolver doenças ou condições crônico degenerativas, associadas a baixos níveis de atividade física .
Os componentes da aptidão física relacionados à saúde e que podem ser mais influenciados pelas atividades físicas habituais são a aptidão cardiorrespiratória, a força e resistência muscular e a flexibilidade.
A prática de atividade física também promove a melhora da composição corporal, a diminuição de dores articulares, o aumento da densidade mineral óssea, a melhora da utilização de glicose, a melhora do perfil lipídico, o aumento da capacidade aeróbia, a melhora de força e de flexibilidade, a diminuição da resistência vascular. E, como benefícios psicossociais encontram-se o alívio da depressão, o aumento da auto-confiança, a melhora da auto-estima.
O tipo de exercício físico recomendado para idosos no passado era mais o aeróbio pelos seus efeitos no sistema cardiovascular e controle destas doenças, além dos benefícios psicológicos.
Atualmente, estudos mostram a importância dos exercícios envolvendo força e flexibilidade, pela melhora e manutenção da capacidade funcional e autonomia do idoso.
No entanto, uma das condições que o ambiente deve oferecer para que o idoso mantenha-se atualizado é a prática regular de exercícios físicos.
Através da percepção de seus entrevistados, as mudanças no bem-estar e na disposição geral, a melhoria na aptidão física e no desempenho das atividades da vida diária, as sensações corporais agradáveis, uma maior disposição, a alteração de quadros de doenças com supressão ou diminuição do uso de medicamentos, o resgate da condição de eficiência, independência e autonomia, levando os idosos a serem novamente ativos e abertos para o mundo.
Programas de atividades físicas para o idoso
Não restam duvidas que há uma diminuição no nível de atividade física com o envelhecimento e estudos mostram que a atividade física que mais prevalece é a caminhada e o alongamento e exercícios de força entram em declínio com o avanço da idade.
Além do mais, estudos também mostram a importância dos exercícios de força para a manutenção do equilíbrio, agilidade e da capacidade funcional dos idosos. De acordo com nossos profissionais de Educação física, para manter a força muscular e o equilíbrio, importante realizar exercícios com pesos, de 2 a 4 vezes por semana, que estimulem a musculatura e auxiliem na manutenção da postura e do equilíbrio. As atividades devem ser organizadas possibilitando a realização de acordo com as possibilidades dos idosos. Deve-se considerar que na velhice existem perdas osteo-articulares e musculares, bem como mais lentidão nas respostas motoras, portanto moderação é a palavra chave.
As pessoas com mais de 50 anos de idade realizam atividades físicas em função de orientação médica, amigos, familiares, colegas de trabalho, programas de incentivo à pratica de atividades físicas.
Essas pessoas, na maioria das vezes, se sentem amedrontadas em praticar atividades físicas por acharem que não existem equipamentos apropriados, falta de conhecimento e medo de lesões e necessidade de repouso.
Estes dados evidenciam a relevância do profissional da saúde, sobretudo dos médicos no envolvimento regular com a atividade física nesta faixa etária.
Um programa de exercícios físicos bem direcionado e eficiente para esta idade deve ter como meta a melhora da capacidade física do indivíduo, gerando o aumento da resistência cardiovascular, força, flexibilidade e equilíbrio, bem como o aumento do contato social e a redução de problemas psicológicos com a ansiedade e a depressão.
E foi pensando também no idoso que montamos essa grande equipe de competentes profissionais, capacitados, inclusive em lidar com essa faixa etária.
Nossos personal trainers montarão um programa de atividades físicas que sejam possíveis de serem realizadas e com segurança, uma vez que avaliará a capacidade de cada pessoa caso a caso.
Viva mais...Pratique atividade física! Entre em contato com a nossa equipe!
Atividade física para obesos
A obesidade é geralmente definida como possuir um grau de IMC (índice de massa corporal) acima de 30 (clique aqui e saiba como calcular seu IMC. Nos Estados Unidos, cerca de um a cada cinco homens e uma a cada três mulheres são obesos.
A meta no tratamento da obesidade é perder peso. Atividade física é uma parte essencial em qualquer programa de perda de peso e deve tornar-se permanente em seu estilo de vida. Os benefícios da atividade física podem incluir:
-Queima de calorias e perda de peso
- Manutenção da tonificação dos músculos
- Aumento da taxa de metabolismo (a quantidade de calorias que o seu organismo queima 24 horas por dia).
- Melhoria ma circulação.
- Melhoria nas funções cardíacas e pulmonares
- Aumento do auto-controle
- Redução do estresse
- Melhoria na aparência
- Redução da depressão
- Diminuição do apetite
- Melhoria na qualidade do sono
- Prevenção de diabetes, pressão sanguínea e colesterol alto.
A atividade física bem orientada por profissionais de educação física representa uma importante arma para melhoria da qualidade de vida de obesos a ajudar na perda de gordura corporal. De acordo com estudos a atividade física tanto melhora a capacidade muscular como pode melhorar a resistência, o equilíbrio, a mobilidade articular, a agilidade, a velocidade da caminhada e a coordenação geral.
A atividade física constitui a parte mais variável do lado do gasto energético, representando de 5% a 40% do gasto calórico total diário. A combinação de exercício físico com restrição calórica representa um meio flexível e efetivo de conseguir uma redução ponderal. O exercício melhora a mobilização e o catabolismo de gorduras, acelerando a perda de gordura corporal.
A prática regular de exercícios físicos pode contribuir também para a redução do peso corporal mediante ao aumento da taxa metabólica de repouso, posterior a sua utilização. Nossa equipe de profissionais comentam que as alterações na taxa metabólica de repouso podem persistir por até 12 horas após o término da atividade. Ou seja, neste período seu metabolismo fica mais alto e com isso, gasta-se mais calorias que o normal, mesmo que esteja dormindo.
Além disso, indivíduos fisicamente ativos apresentam menor peso corporal, a gordura corporal esta mais bem distribuída pelo corpo. Com a atividade física, a perda de peso se classifica de melhor qualidade, pois é favorável na manutenção de massa corporal magra e na perda de tecido adiposo, em relação às dietas com restrições severas alimentares, sem associação com atividades físicas.
Dentro das rotinas de exercícios físicos, o procedimento mais indicado, para provocar um impacto positivo no controle da massa corporal consiste na participação de esforços que envolvam grandes grupos musculares, e que possam ativar todo o sistema orgânico de oxidação para captar-se energia (atividade aeróbica). A atividade física é de vital importância para a perda de peso.
Para indivíduos obesos, com restrição articular e dificuldades para fazer atividade física, exercícios aeróbicos de baixa intensidade e longa duração são os mais indicados. Alem disso, a mobilização de gordura em baixas intensidades de exercício acontecem para fornecimento de substrato de energia.
A atividade física diminui o risco de doenças cardiovasculares em obesos (efeito hipotensor), além de aumentar a concentração do HDL-colesterol (colesterol "bom") e diminuir a concentração do LDL-colesterol (colesterol "ruim"). Verifica-se também aumento da ação da insulina, importante fator para a prevenção da Diabetes Tipo II.
McArdle (2003) considera que o número de sessões semanais de exercício varia de três a quatro vezes. Exercitar apenas duas vezes por semana não modifica significativamente o peso e gordura corporal.
Exercitar-se está intimamente ligado também ao aumento do bem-estar e da melhora do humor. Essas alterações alteram positivamente quadros de depressão e ansiedade. Sinais afetivos negativos são com freqüência os que disparam à alimentação excessiva ou o comer compulsivamente. A imagem corporal positiva é outra variável psicológica capaz de ser intensificada pela atividade física, influenciando as atitudes de controle de peso e os comportamentos. Uma melhor imagem corporal atribuída ao exercício, pode-ser estimulantes e levar a aderência a sua prática em longo prazo, além de alterar no individuo sua confiança de realizar alterações positivas em relação ao seu corpo e ao peso corporal.
Como podemos ver, são inegáveis os benefícios que a prática de atividade física promove para a melhoria da saúde e controle do peso corporal. Traz também benefícios psicológicos e de bem estar.
A obesidade se apresenta mundialmente como precursora de doenças cardiovasculares, diabetes, baixa-estima. Com os índices alarmantes de obesidade, os governos devem adotar políticas de pratica de exercícios físicos e adoção de estilo de vida mais saudável, como forma não farmacológica do tratamento da obesidade.
Para a perda de peso, é aconselhável procurar a ajuda de um médico que aferirá a pressão sangüínea, e batimentos cardíacos, perguntar sobre seu histórico e pedir exames laboratoriais, se necessário.
Além do mais, é necessário o acompanhamento de um bom nutricionista para planejar uma dieta saudável que o ajudará na perda de peso.
Ser obeso é uma questão de escolha! Estamos aqui para te ajudar!