Mitos e fatos: Comer e depois nadar mata?
Prof. Bernardo Berro: Sim, é plausível!
Aquela velha estória que escutamos que após fazer uma refeição não podemos ir para piscina ou qualquer ambiente aquático com ausência de oxigênio é verdade.
Nossas avós sempre falavam que não podia, mas nunca nos explicaram o porquê, e por sinal a explicação é bem simples:
Quando comemos algo (fazer uma refeição), pela hemodinâmica, que se refere a quantidade de sangue em devido local (para os treinados, chamados de PUMP), a vasodilatação central, aumenta, ou seja, a irriga- ção de oxigênio e demais variantes são entregues com maior frequência a um determinado órgão, princi- palmente aquele que esta sendo exigido no momento… Neste caso o estômago e todo trato gastrointestinal responsável na digestão e absorção de nutrientes, recebem vasodilatação, aumento da circulação e calibre de vasos e artérias sanguíneas responsáveis.
Para uma criança, na qual a habilidade natatória é restrita, tendo a maior circulação no centro do corpo e não na periferia (membros:braços, pernas…), pode exigir demais do sistema a ponto de gerar câimbra e com isso o afogamento. A câimbra ocorre devido a deficiência na resposta hemodinâmica de concentrar o sangue que atualmente estava fazendo a digestão, ir aos membros responsáveis pela natatória. Exemplo simples e cabível que todos que treinam já passaram: Comer algo muito calórico, principalmente gorduro-so (exemplo, açaí) e treinar no limite em seguida, é certeza de vômito. Afirmo esta situação porque pela minha ignorância quando pequeno, fazia isso antes de lutar, uma vez que as pessoas falavam que deixava mais forte. Porém, mais forte fiquei em relação ao enjôo, e ainda, desconforto é algo que pode ser treina- do (ver link de treino, TININHA COLOCAR O LINK DO TEXTO QUE FALA SOBRE PRINCÍPIO DE TREINAMENTO).
Eu como Professor em Educação Física e Instrutor de mergulho técnico (mergulho profundo, mergulho em caverna, naufrágio e busca de corpos) afirmo que para um ser humano se afogar, se faz as 3 regras do afogador:
1) Ficar na vertical, diminuindo a superfície de contato entre corpo e água, resultando em empuxo negati-vo.
Empuxo é aquilo que faz o barco não afundar, extremamente simples, o barco desloca mais água do que pesa…
2)Depois ele grita por socorro, diminuindo a caixa toráxica que por sua fez diminui o volume de arrastro, perdendo mais empuxo ainda.
3) Ele levanta os braços fora dágua (santa ignorância!) devido ao pânico (onde cérebro e membros não se comunicam).
Conclusão: Pela minha experiência vivida seja como instrutor ou apenas frequentador de praia, afirmo que para se afogar requer esforço. Afinal, por que acham que usamos cinto de lastro (peso)? Se fosse tão fácil afundar não seria necessário usá-lo, correto?!
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Atenciosamente, Prof. Bernardo Berro